
Nas estradas da vida, o sofrimento é uma passagem obrigatória!! será? mas me pergunto será que todo mundo sofre mesmo, será que aqueles que tem grana sofrem? problemas todos temos mas sofrer ahh sei não Jão...
Causa de muitos dizeres, motivo de muitos motivos, o sofrimento humano figura nas mais diversas culturas como um dos assuntos mais recorrentes. Muitos ramos de conhecimento já se ocuparam dele. Ramos diferenciados, evidenciando suas inúmeras faces.
O sofrimento é naturalmente interessante. Ele nos instiga a uma aproximação respeitosa, pois parece condensar boa parte do significado da vida. Compreender o sofrimento parece nos oferecer uma chave de leitura para todas as questões humanas, afinal ele perpassa toda a problemática da existência. Ele é o "lugar" onde reconhecemos nossa humanidade em sua crueldade revelada pela angústia.
A psicologia sempre se mostrou desejosa de fornecer caminhos que aliviassem o peso de nossas mazelas. O objetivo de sua pesquisa é favorecer ao humano uma estrutura psíquica um pouco mais harmoniosa, livrando-o das neuroses e o ajudando a conviver melhor com os limites que lhes são próprios, mas veja bem, quem tem grana ok os chinelão que tem que procurar atendimento no Sus. Mas as vezes é muito mais complexo não basta um atendimento, por fim o problema se torna uma revolta dentro do ser... uma angústia, um desprazer, uma aflição, que naba!!!!
A medicina, enquanto capacitada para dissecar a morfologiado sofrimento, isto é, o corpo que padece, avançou territórios interessantíssimos na luta contra a dor. Ela trabalha com o corpo e sua condição de "matéria temporária".
O corpo é matéria limitada, isto é, ele é propenso aos limites e regras do meio em que está localizado. O corpo, quando exposto ao calor, sofrerá as conseqüências do aquecimento. Quando exposto ao frio, sofrerá as conseqüências do resfriamento. Somos vulneráveis, e esta vulnerabilidade é a porta de muitos sofrimentos.
O corpo é o território da dor. É nele que o sofrimento e todas as suas faces se concretizam. Quando violentado por alguma causa, o corpo responde com a dor.
A dor é uma resposta natural do corpo. Ela sinaliza para o limite que possuímos tipo assim respeita teus limites... É por isso que desde muito cedo aprendemos a driblar os nossos limites. É simples. Minimizar os limites é uma tentativa de evitar a dor. Este aprendizado nós o fizemos a partir de regras práticas do nosso dia-a-dia. Desde criança ouvimos a frase: "Não põe a mão no fogo porque queima!"
O imperativo da expressão era uma forma de apontar os limites que nos são próprios. Não temos uma pele resistente ao calor das chamas. Possuímos este limite, e com ele teremos que viver.
A medicina, ao ocupar-se das fragilidades do corpo, busca encontrar caminhos para superar, ainda que temporariamente, os poderes de sua finitude. O corpo, por estar sujeito à regra que postula que "tudo o que é vivo um dia morrerá", experimenta constantemente o perigo da interrupção de sua duração. Este é o objeto da medicina. O corpo é a matéria da pesquisa, dos avanços e também dos fracassos.
É a medicina tentando driblar o limite do corpo. É a tecnologia aplicada à preservação da saúde. É a tentativa de minimizar os sofrimentos físicos, aqueles que as radiografias detectam e que os exames revelam. É o corpo e suas possibilidades de dor. É a carne humana e sua fragilidade exposta; é o ser vivente e sua luta desesperada contra a morte.
Mas não temos o desejo de nos ater a estas questões. O nosso querer é menos pretensioso. Queremos, com simplicidade, buscar tecer uma reflexão que nos favoreça um jeito de acolher os sofrimentos que nos afligem, sem permitir que eles nos destruam ou nos retirem a vontade de viver.
Para favorecer este nosso desejo e torná-lo possível, consideraremos o sofrimento a partir da díade: corpo – alma. Dessa forma, ficará mais seguro continuar o caminho que desejamos.
Os sofrimentos do corpo são os diretamente ligados ao contexto da dor localizada, da dor material, física. O corpo que envelhece, o corpo que padece com os limites do tempo.
Já os sofrimentos da alma são os que se referem aos desatinos dos afetos, aos conflitos espirituais, emocionais, morais, enfim, tudo o que dói na vida humana e que não tem uma materialidade, isto é, não pode ser radiografado, nem tampouco identificado em exames laboratoriais vem dos nossos traumas de infância da quele carrinho que vc não teve, do video-game que vc sonhava em ter e por ai vai...
Quando o nosso sofrimento é localizado e pode ser curado mediante prescrições de remédios, estamos diante de problemas para os quais a medicina já encontroua solução. Se temos uma enfermidade psíquica, fruto de desordens químicas que geram tristezas, ou de distúrbios emocionais, provenientes de nossos distúrbios cerebrais, a medicina oferece inúmeros caminhos e possibilidades para sararmos estas questões.
Mas o que podemos fazer quando estamos diante dos limites que são próprios da vida e para os quais não existem remédios? Como reagir diante dos acontecimentos trágicos a que toda pessoa está sujeita? Como é que podemos nos posicionar diante de tudo o que nos infelicita nestes tempos tão marcados por inseguranças e violências? como faço pra não me drogar?
Há algum jeito, alguma forma de fortalecer nossa estrutura humana para que o sofrimento seja enfrentado sem que ele se torne a causa de nossa ruína?
É possível administrar os sofrimentos e minimizar suas ações sobre nós? A dor pode nos ensinar alguma coisa? Podemos aprender alguma lição com os limites que são próprios da vida?
eu sofro todos os dias pelas coisas que não tenho, pelas coisas que quero ter, pelos maloqueiros que sofrem e por isso tudo que digo que sofrimento!!!! ahahahahah
A vida continua....
By Marconi

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